segunda-feira, 27 de setembro de 2010

amor. na pele e no umbigo que saltou pra fora e aponta pro bico do mundo: talvez aquilo que desponta no céu de cada outro umbigo.

domingo, 26 de setembro de 2010

À toa, São Paulo em vão.
do acorde e garoa,
terra boa
da chuva ruim,
da acidez e do acid jazz na nossa noite de básico
amor
e música
com tudo que há: melodia, baixo meloso, clima frio e muito tesão.

sábado, 25 de setembro de 2010

Eu-Vazio

A caneta é proteção
minha única
ação
precavida.
A caneta e o papel tinta
- música interna
instantânea explosiva -
que não fala jóias
que não fala coisa/coisa
mas fala de mim - nada -
e me acaricia.

domingo, 19 de setembro de 2010

delírios


 Me gusta la realidad,

Ombros baixos,
pés no chão.
 Planta que nasce no chão quente:
Com gosto – palato – e mãos
Se faz amor

sábado, 18 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

boa a noite fria
bom teu corpo meu
tato.
bom o frio.
- boa noite!
bom quando a noite fria
gelada
vem
(teu corpo)
e nos esquenta.

sábado, 11 de setembro de 2010

vassourada

vc: mau-humor em casa, figura cinza, chuvisco, nevasca nos nossos dias quentes de sol bunda e carnaval.
sombra, desenho - contorno ôco, silhueta fraca. vc-rastro de pó (capaz de cegar aquele que para pra te ver).

veja: vai tomar banho de cheiro que te acalma e limpa. vai se banhar no atlântico. que te faz bem, não cabe mais essa fumaça/vc dentro do que há de bom. só o ar já te espanta. vá se tratar, dá uma caprichada. ok?
desse jeito vc pode parar de ser um xurume nos pés de todo mundo que passa sorrindo pela sua rua.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quero chegar a um lugar
a esse lugar de espírito,
impulso impetuoso
onde num estalo
volto atrás
pra ver o desconhecido: o mesmo velho lugar.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

a largada

Uma voz me diz não;

qualquer voz me diz não
e assim posso ir.
qualquer voz me diz não
e me deixa rir.
Como essa que jaz,
agora que eu fui,
jaz abandonada
dentro de mim.

Rio

Ser estrangeira,
Ivan Lessa,
dançar samba e salsa,
com a liberdade
de quem nada lhe importa.
À toa na vida,
mas com um compromisso
o claro prazer
no país da risada.
(de ogalodavizinha.blogspot)

Rio:
me comove.
Rio:
te aprochega
Rio nos cola.
Rio: a cidade ri.
Rio nos une,
amassa,
Rio junto,
e a gente gargalha.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cidade amada,
querida cidade,
fedida,
encardida,
e cinza, cidade
que me quer
se dela gosto,
cidade que
se transforma,
se transmuta,
e nos trangride,
sempre me invade
e devolve, me lança a si:
a um vômito de cidade,
esse carrossel,
e eu reparida,
com a minha alma-cidade,
que se transforma,
se transmuta,
me transgride,
e me invade.