Já sou tua
mas não digo,
nem te chamo,
e você escuta.
É sem luta
que te amo,
meu amor sem nome,
a paz é muda.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Fernando Pessoa
- Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
- Fernando Pessoa, 1931.
[Poesias Coligidas]
à noite, meio-dia
Não,
é mentira, todos,
a cidade inteira
não dorme: pulsa,
e eu vou
a qualquer lugar onde pouse,
repouse, e assim acorde
dessa vigília
onde todos vivem,
vigília onde todos dormem.
é mentira, todos,
a cidade inteira
não dorme: pulsa,
e eu vou
a qualquer lugar onde pouse,
repouse, e assim acorde
dessa vigília
onde todos vivem,
vigília onde todos dormem.
quinta-feira, 17 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Habitantes
Não podia dormir.
Tua
fertilidade
em mim.
E morava nesta sua casa, uma noite só: um lugar totalmente desconhecido:
Eu nunca te vi.
Não te odeio,
não te desgosto.
O mundo todo
que não sei
é você
a meu lado.
Que nasce
de dentro,
a quem amo
pra fora,
a quem amo pra fora e além de mim,
pra fora
e muito além de você.
Tua
fertilidade
em mim.
E morava nesta sua casa, uma noite só: um lugar totalmente desconhecido:
Eu nunca te vi.
Não te odeio,
não te desgosto.
O mundo todo
que não sei
é você
a meu lado.
Que nasce
de dentro,
a quem amo
pra fora,
a quem amo pra fora e além de mim,
pra fora
e muito além de você.
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